Na Bahia de todos os santos
Por Fabíola Musarra
Realizada a partir do dia 1º de junho, a Trezena de Santo Antônio abre a festa da capital baiana. Depois disso, as ruas do Centro Histórico de Salvador, entre o Pelourinho e a Praça da Sé, se transformam num alegre e colorido arraial. Concursos de quadrilhas, apresentações de trios, maracatus e boi-bumbá são algumas das atrações que integram a animada programação soteropolitana em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro. As festividades começam no dia de Santo Antônio (13), e se estendem por três fins de semana seguidos, só terminando no dia 29, quando de comemora São Pedro, o santo protetor dos pescadores.
Mas o São João da Bahia não se resume somente a Salvador, Porto Seguro e Ilhéus, suas cidades maiores e mais movimentadas. Oferece variadas opções em quase todos os 417 municípios do Estado, especialmente em Amargosa, Cruz das Almas e Senhor do Bonfim, os destinos mais procurados por quem deixa a capital baiana e as vizinhas cidades de Feira de Santana e Cachoeira para curtir as festas juninas no interior. O arrasta-pé de Amargosa, por exemplo, é mais procurado pelos jovens, especialmente pelos universitários e adolescentes dos principais colégios e universidades de Salvador. Com festas juninas temáticas, a intensa programação da cidade inclui shows com artistas da música popular brasileira.
Além do forró com grandes bandas e com artistas nordestinos, concursos de quadrilhas juninas, casamento na roça, desfiles de carroças e comidas e bebidas típicas, os municípios baianos de Cruz das Almas e Senhor do Bonfim comemoram os santos juninos com o perigoso espetáculo com fogos de artifício conhecido por Guerra de Espadas – em Senhor do Bonfim, ele acontece no dia 23 de junho, véspera do dia de São João. Para participar dessa batalha que começa no fim da tarde e só acaba à meia-noite, os “brincantes” se vestem com camisas de mangas compridas e calças jeans molhadas. Como a idéia é evitar queimaduras mais graves, também usam luvas grossas para proteger as mãos. Depois disso, começam a “guerrear” com fogos de artifício em ruas determinadas pela Polícia Militar e… salve-se quem puder.