Se você conhece a efervescente capital de Santa Catarina, sabe que em Florianópolis não faltam opções de restaurantes e bares para comer bem, desde os que servem os pratos típicos catarinenses aos especializados em gastronomia internacional. Maior produtora de ostras do País, a ilha possui ainda muitas fazendas de produção do molusco, sobretudo em Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa.
Em um instrutivo passeio de barco às fazendas de maricultura existentes nesses antigos bairros de tradições açorianas é possível conhecer de perto a cultura de cultivo das ostras e degustá-las nos barzinhos e restaurantes que se multiplicam pelas suas rotas gastronômicas. Confira:
Rota Gastronômica do Sol Poente – Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui são duas das mais antigas colônias de pescadores da Ilha de Santa Catarina. Além da belíssima enseada de águas calmas e limpinhas, têm como ponto alto a gastronomia e a cultura. Suas ruas guardam valiosos tesouros herdados dos açorianos.
Santo Antônio de Lisboa, por exemplo, recebeu os seus primeiros colonizadores no final do século 17 e cresceu no mesmo molde das vilas portuguesas, com duas ruas principais em paralelo ao mar e poucas ruas transversais.
Em uma pequena caminhada pelas ruazinhas do vilarejo é possível desvendar o seu inestimável patrimônio arquitetônico, impresso nas casas e construções coloniais, na primeira rua calçada do Estado e na Igreja Nossa Senhora das Necessidades. Edificada entre 1750 e 1756, possui altares barrocos, ornados por imagens sacras de valor artístico e histórico.
Ao lado do vizinho bairro Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui integram a Rota Gastronômica do Sol Poente, assim batizada por proporcionar no final das tardes um memorável pôr de sol. Como a região abriga fazendas de ostras, a maioria dos barzinhos e restaurantes espalhados ao longo desta rota serve o molusco. Ele surge em versões gratinadas, ao bafo e in natura, temperado com sal, cachaça ou alho e óleo.
À noite, o visual do mar com as suas dezenas de fazendas marinhas de ostras e de coloridos barquinhos atracados na areia da praia, tendo ao fundo as luzes do continente, da Ponte Hercílio Luz e da Avenida Beira-Mar Norte, é simplesmente imperdível.
Rota Gastronômica das Ostras – No sudoeste da ilha, está Ribeirão da Ilha, segunda colônia a se desenvolver na cidade. Com pequenas praias de águas serenas e areias grossas, preserva as raízes açorianas da cidade, com charmosas casas e construções que exibem a arquitetura da época do Brasil Colônia.
Por mais de dois séculos, a pesca foi a principal atividade econômica da região. De uns anos para cá, porém, grande parte da economia local baseia-se no cultivo de ostras. Os moluscos vêm de fazendas marinhas que estão a poucos metros dos restaurantes que compõem esta rota gastronômica e são coletados instantes antes de serem servidos.
Ribeirão da Ilha tem diversos restaurantes na orla. O Rancho Açoriano é um deles. Nesta casa de impecável gastronomia, caprichada decoração e deque no mar, as ostras são cultivadas na baía em frente ao restaurante, e servidas ao natural, ao bafo, gratinadas e em pratos como o espaguete com leite de coco.
Rota Gastronômica da Lagoa da Conceição – Situada a 13 km de Florianópolis, a Lagoa da Conceição é ponto de encontro de gente jovem e bonita, palco da noite mais descolada da ilha e famosa pelas rendas de bilro tecidas pelas suas rendeiras. Possuidora de magnetizantes paisagens, repletas de praias, dunas e montanhas, a região preserva casinhas e construções da época colonial.
O centrinho da lagoa e a Avenida das Rendeiras concentram diversos pubs, bares, restaurantes e cafés com música ao vivo. Também é considerada como uma das mais ricas rotas gastronômicas da ilha. Foi nesta laguna que surgiu a “Sequência de Camarões”, onde o crustáceo é servido pelo menos de três maneiras: empanado, alho e óleo e ao bafo. O prato é acompanhado por peixe empanado ao molho de camarão, casquinha de siri e guarnições.
Rota Gastronômica de Coqueiros – Com vista para a Baía de Florianópolis, a Via Gastronômica de Coqueiros é conhecida pela sua diversidade gastronômica, com bares, bistrôs e restaurantes que oferecem cardápios de pratos da gastronomia regional e de diversos países do mundo, como os especializados em comida japonesa, italiana, peruana, mexicana, árabe e outras. Ao atravessar a Ponte Colombo Machado Salles e seguir cerca de 1 km a oeste já aparecem as primeiras opções de lugares para comer, beber e petiscar que se estendem até as praias Itaguaçu e Bom Abrigo.
Bom apetite!