Cunha promove Festival Gastronômico do Cordeiro Serrano

O evento chega a sua 11ª edição com grande variedade de pratos típicos, muito agito, shows, oficinas e muito mais.

 

Por Fabíola Musarra

 

Cunha - SP

 

Até o dia 9 de setembro, a Estância Climática de Cunha, no interior do Estado de São Paulo, é palco da 11ª edição Festa Gastronômica do Cordeiro Serrano. O evento que acontece sempre aos fins de semana, de sexta-feira a domingo, tem como a sua maior estrela os pratos e petiscos feitos com este tipo de carne, um dos itens típicos da gastronomia da cidade. Entre as receitas preparadas com o cordeiro, escondidinho, kafta, ragu com polenta, paleta, carré com risoto, picanha, pernil, costelinhas…

 

Pousada e-Restaurante Girassóis - Foto  Rogério Barreto.jpg

 

Essas delícias podem ser saboreadas na Praça de Alimentação, que funciona ao lado da Igreja Matriz. Ali estão instaladas barraquinhas de oito tradicionais restaurantes de Cunha, cujos chefs servem pratos que fazem parte do cardápio de seus estabelecimentos, além de receitas feitas com o cordeiro criadas especialmente para o evento. As diferentes iguarias à base de cordeiro também podem ser degustadas nos vários restaurantes participantes do festival.

A programação do evento, organizado pela Associação de Empreendedores de Turismo de Cunha (Cunhatur) com o apoio da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, inclui diversas atividades culturais e gastronômicas Entre elas, oficinas e shows de repertórios bem ecléticos, com apresentações musicais para todos os gostos, desde MPB, pop rock, blues e reggae até sertanejo e samba.

Delicias na Roça - Divulgação

Outro destaque do festival é a aula show. Ela acontece na Praça de Alimentação, no sábado, dia 8 de setembro, às 19 horas, com a participação dos chefs André Calvanese, Caio Penteado e Wilmar Andrade, respectivamente, dos restaurantes Raízes Bistrô, Gnomo e Quebra Cangalha. Juntos, os mestres-cucas vão preparar um prato à base da carne de cordeiro para o público presente.

A cidade – Montanhas, vales, paisagens bucólicas, paz, gastronomia e artesanato. Assim, a Estância Climática de Cunha  pode ser traduzida. A cidade também preserva intactas as marcas do passado do País – nos tempos de Brasil Colônia e Império, o município fazia parte da rota dos tropeiros. Com seus cavalos, eles percorriam a Estrada Real, levando o ouro de Minas Gerais até o Porto de Paraty e de lá para o Rio de Janeiro e Portugal.

Portal de Cunha

Caminhar pelas ruas da cidade é desvendar construções antigas, algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico. Caso da Igreja da Matriz. Foi construída em 1731 e agora está sendo restaurada. É também conhecer as famosas cerâmicas produzidas em Cunha, um dos maiores polos da cerâmica de alta temperatura da América Latina.

As cerâmicas não ficaram mundialmente conhecidas por acaso. Na década de 1970, ceramistas se instalaram em Cunha para desenvolver seus trabalhos em fornos à lenha, utilizando a técnica de queima chamada noborigama. A partir daí, novas gerações de artistas se formaram e a cidade atraiu outros ceramistas, de diferentes técnicas e estilos. A cerâmica local ganhou fama. Hoje, Cunha ostenta o título de Capital Nacional da Cerâmica, conferido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania no Projeto de Lei nº 7.772 de 2017.

Atrações – Para quem é amante de turismo rural e gosta de experimentar (e comprar) as delícias produzidas no campo, Cunha reserva agradáveis surpresas, como as fazendas de cultivo de cogumelo shitake e de truta, apiários, queijarias e pesqueiros. Nos últimos anos, Cunha também vem se destacando pelo plantio de lavanda. Das flores também é extraído o óleo da lavanda, com o qual se produz sabonetes e aromatizantes, entre outros itens derivados da matéria-prima.

Cachoeiras de Cunha

Para aqueles que curtem cachaça e cerveja artesanal, a dica é conhecer um dos endereços da cidade onde são servidos. A cidade abriga alambiques e cervejarias, onde essas bebidas artesanais são produzidas e podem ser degustadas. Antes de ir, porém, é recomendável conferir se a visita (sobretudo, aos alambiques) precisa ser agendada.

Entre os postais de belezas naturais de Cunha estão as cachoeiras do Pimenta, do Desterro e do Barracão, além do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha, onde é possível tomar relaxantes banhos de cachoeiras e percorrer as trilhas guiadas por monitores. Ao todo são três circuitos, cada um com um diferente grau de dificuldade.

Também a Pedra da Macela faz parte das atrações da cidade. De seu pico, a 1.840 metros de altitude, é possível apreciar a paisagem surreal que inclui Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis, além de todas as montanhas e serras que ficam no entorno de Cunha.

Quanto à infraestrutura hoteleira, a cidade conta com mais de cem pousadas, de diferentes tipos de acomodação e preço. Algumas delas estão entre a melhores da América do Sul, segundo avaliações de sites de viagem.

 

COMO CHEGAR

Cunha está a 230 km da capital paulista. Pegando-se a Rodovia Presidente Dutra (BR-116) a partir da cidade de São Paulo, é preciso ir até a Saída 65, em Guaratinguetá. A partir daí, seguir pela Rodovia Paulo Virgínio (SP-171) até Cunha.

Quem pretende ir de ônibus também deve partir de Guaratinguetá. Na rodoviária há ônibus intermunicipal até Cunha. Os horários das partidas devem ser checados no local.

Para obter mais informações sobre a programação do festival, acesse www.cunha.sp.gov.br

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