Lançamento traz a história natural e a ocupação humana dos Estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, explorando, sobretudo, as exuberantes riquezas naturais que ali se abrigam
Por Fabíola Musarra
Parques Nacionais Sul – Cânions e cataratas
Coordenação Wilson Teixeira e Roberto Linsker, Ed. Terra Virgem, 204 págs., R$ 60
O quarto livro da série Tempos do Brasil explora a parte meridional de nosso país, que compreende os Estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Nessa área se localizam importantes tesouros naturais brasileiros, como o Parque Nacional da Serra Geral, o Parque Nacional de Aparados da Serra, o Parque Nacional de São Joaquim e o Parque Nacional do Iguaçu.
Seguindo a metodologia dos três livros anteriores da série e para a melhor compreensão do leitor, as paisagens da região Sul do Brasil são apresentadas em três momentos: o tempo geológico, o tempo biológico e o tempo humano. Pelo tempo geológico, o leitor descobre, por exemplo, como um processo vulcânico, há milhões de anos, formou os primeiros contornos do cenário que, lentamente e sob as forças da natureza, criaram exuberantes belezas naturais, como as Cataratas do Rio Iguaçu, além de acabar compreendendo por que a região concentra as melhores vinícolas nacionais.
A fauna e a flora integram o capítulo do tempo biológico. As diferentes espécies, algumas das quais endêmicas, estão distribuídas pelas matas de araucária e dividem seu território com a erva-mate, matéria-prima para uma das bebidas mais consumidas no Sul do País. Já na parte dedicada aos caminhos do tempo humano, o leitor entra em contato com a história da ocupação da região, marcada pelo povo guarani, pelos missionários e jesuítas e pelos imigrantes europeus, vindos principalmente da Itália e da Alemanha.
Ilustrada com gráficos, mapas e fotos, a obra dedica seus últimos capítulos a um patrimônio da humanidade desaparecido: Sete Quedas, submersas em 1982 quando as comportas do canal de desvio da usina de Itaipu foram fechadas, elevando o nível do Rio Paraná em mais de 220 metros.