Oscar Niemeyer – Poeta do concreto

Aos 102 anos e com reconhecimento internacional pela genialidade das obras arquitetônicas que projetou pelo mundo, Oscar Niemeyer sempre mantém suas convicções políticas intactas. “Teria vergonha de ser rico”, diz o talentoso arquiteto, que desde muito cedo vestiu a bandeira do comunismo e que também tornou-se conhecido por sempre ajudar os menos favorecidos.

Por Fabíola Musarra

“O monótono ângulo reto nunca me atraiu. Nem tampouco a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me fascina é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas de meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida.” Esses são alguns pontos de vita defendidos por Oscar Niemeyer, a expressão máxima da arquitetura nacional. O brasileiro é o responsável pelas mais belas criações arquitetônicas deste século e do século 20 no país e no mundo, nas quais uniu, com a maestria, o concreto aparente com o vidro, criando formas que respiram, de extrema leveza. “A arquitetura é uma questão de sensibilidade. Crer na arquitetura é uma forma de acreditar na beleza”, profetiza Oscar Ribeiro de Almeida Soares, ou simplesmente Oscar Niemeyer, como ficou conhecido um dos maiores gênios nascidos nos últimos anos.

Amante da Cidade Maravilhosa, o arquiteto é um de seus filhos mais famosos. Nasceu no bairro carioca das Laranjeiras, no dia 15 de dezembro de 1907. O sobrenome Niemeyer herdou de um tio. Do período da infância e juventude, Niemeyer tem fresca na memória a casa de Laranjeiras, onde viveu até os 20 anos. Desse período, recorda da família muito católica. Cenas da avó Mariquinhas abrindo a janela e chamando os vizinhos para assistirem a uma missa em casa. O avô Ribeiro de Almeida foi procurador-geral da República e ministro do Supremo Tribunal Federal. “Morreu pobre e deixou a casa hipotecada. Que orgulho! Há tantos roubando dinheiro público”, comenta ele, que, ao contrário da família, não acreditava em Deus. “Ele não existe, ou seria muito sacana diante de tanta miséria e injustiça.”

O poeta idealizador de engenhosas curvas de concreto e vidro no ar, romancista e criador de projetos feitos para dar beleza ao povo admite que seria muito mais feliz se acreditasse em Deus e na existência de uma vida após a morte. Frisa, contudo, saber não existir nada, a não ser a revolução feita pelo homem. Acrescenta que, a exemplo dos bichos do mar e da terra, o homem é um filho da natureza. Morre como eles. “Tudo acaba aqui”, afiança. Opiniões polêmicas? Não, para um jovem que aos 18 anos já militava em favor do comunismo, uma doutrina que ainda defende e que, sobretudo, vivencia na prática – é conhecido pela sua luta em combater as desigualdades sociais e por sua generosidade de sempre repartir tudo o que tem com os amigos em dificuldades e com os menos favorecidos. “Teria muita vergonha de ser rico”, afirma.

Desapego, solidariedade e generosidade, por sinal, são ingredientes que não faltam à personalidade de Niemeyer. Em 1945, por exemplo, entregou a chave de seu escritório a Luiz Carlos Prestes, que havia acabado de sair da masmorra do Estado Novo, para que ele instalasse a sede do PCB. Já, no início dos anos 80, foi o próprio Prestes quem ganhou um apartamento dele. Há poucos anos, financiou o antigo sonho de um dos porteiros de seu prédio. “O homem tinha câncer e almejava ter uma casa própria. Por muitos anos sustentou Trifino Correa, militar ligado ao PCB. “Ele estava em situação desesperadora. Ao ganhar aumento de soldo, pediu para baixar a ajuda de custo. Isso é que é honestidade!”, comenta.

Em seu dia a dia, o arquiteto sempre doou polpudas somas de dinheiro aos mendigos. “Dizem que é paternalismo, mas quem recebeu gostou”, conta ele, ressaltando que estar de bem com os amigos é o que importa. “Não dá para ficar sozinho, porque a vida é perversa. Não tem solução”, argumenta Niemeyer, a quem certa vez o escritor francês Jean-Paul Sartre comparou a Aleijadinho. “E quem não é solidário nem se preocupa com a miséria, pode até ficar rico, mas não passará de um medíocre.”

Trabalho e boêmia – Ideologias à parte, a sua vocação profissional também se manifestou desde cedo: com menos de 20 anos, Niemeyer já havia optado pela arte. O casamento com Annita, companheira por quem se declarava um eterno apaixonado, veio dois anos mais tarde. Sua filha única, Anna Maria, nasceu quando ele tinha 25. Já o diploma de arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes, onde concluiu o curso, foi obtido em 1934. Depois disso, suas incursões pelo mundo das curvas, vidros e concretos não terminaram mais. Até hoje, Niemeyer – apesar de sua avançada idade -trabalha. Cumpre, por sinal, praticamente a mesma rotina de trabalho de seu início na profissão.

Trabalha todos os dias, incluindo os fins de semana, seus dias preferidos para o trabalho, quando inspira-se no indescritível cartão-postal que desfruta do alto da cobertura do velho edifício Ypiranga, na avenida Atlântica, na zona sul do Rio. “Preciso trabalhar, porque o que ganho quase não dá para pagar as contas do mês”, justifica. É a mais pura verdade! Por ser tão mão aberta e não cobrar por muitos de seus projetos, Niemeyer há alguns poucos anos teve um sério problema com o Imposto de Renda, sendo obrigado a hipotecar o seu escritório. O acordo com a Receita Federal envolveu uma elevada quantia, a ser paga em parcelas mensais bem salgadas. “Ainda vou demorar alguns anos para terminar de pagar, mas eu consigo.”

Dos antigos dias percorridos na juventude e repletos de boêmia, o gênio da arquitetura preserva intacto o arrojo e a criatividade que internacionalmente consagraram os seus projetos. Desenhos, aliás, que continuam surpreendendo o mundo com suas formas originais e ousadas. “Pensando bem, nada disso importa. O importante é melhorar o ser humano, sentir a própria fragilidade.” Quanto às farras, ah… Foram tantas, que ele nem se lembra mais. Confidencia que havia passado parte de sua juventude nos cabarés da Lapa. “Ficava olhando as mulheres e tocando bandolim.” Suas lembranças percorrem ainda o calendário de memoráveis momentos vividos no Clube Regatas Guanabara, no Bar Lamas, no bonde da Lapa e no bilhar, onde frequentemente se encontrava com Villa-Lobos e caia na farra com os amigos.

Como todo bom brasileiro, Niemeyer também foi um aficionado por futebol. Torcia pelo Fluminense, time no qual chegou a disputar a preliminar de um Fla-Flu. “Fui um bom atacante”, garante. Com o passar dos anos, porém, a paixão desapareceu. “É um time de rico”, explica o arquiteto, que também teve a sua ida para a construção de Brasília marcada pela boêmia. Com salário na época de 40 mil cruzeiros, valor absolutamente ridículo para a grandeza da empreitada, Niemeyer exigiu que o governo contratasse um punhado de amigos que nada tinham a ver com a obra. Havia um goleiro do Flamengo, um médico que não entendia nada de medicina, mas era divertido e outros três companheiros que estavam na pior e que ele queria ajudar. “Sabia que à noite eu não ia querer ficar discutindo arquitetura, mas apenas conversar, beber, tomar um porre”, recorda rindo, com os olhos brilhantes de menino. “Mas os dias de boêmia chegaram ao fim quando me casei com Annita.”

Leitor de Gabriel Garcia Marques e Charles Baudelaire, amante da música de Villa-Lobos e de Tom Jobim, Niemeyer deixou sair de sua prancheta muito mais de 500 projetos. Há pelo menos quase 200 edifícios assinados pelo arquiteto brasileiro no Exterior. No Brasil, ele se faz presente em várias capitais e em diferentes municípios do interior. Sobre Niemeyer já foram escritos centenas de livros em diversos idiomas, incluindo o japonês e o grego. É o arquiteto brasileiro mais importante do século e um dos maiores gênios nascidos nos últimos anos. “A minha arquitetura seguiu os exemplos antigos. Prevalecendo a beleza sobre as limitações da lógica construtiva”, diz. “Tenho de desenhar o que me agrada de um modo que esteja naturalmente ligado às minhas raízes e ao país da minha origem.”

Sem talento – Sua parceria com o urbanista Lúcio Costa nasceu quando Niemeyer tinha pouco mais de 20 anos e o convenceu para lhe deixar estagiar de graça em seu escritório. Na realidade, queria pagar para trabalhar. “Era simpático, mas não mostrou talento. Na época, não apostaria um tostão nele”, revelou anos mais tarde Lúcio Costa. Mas o talento do jovem arquiteto sobressaiu-se às dificuldades de início de profissão. Em 1936, como desenhava muito bem, foi incumbido de acompanhar o trabalho do arquiteto franco-suíço Le Corbusier, teórico número um da arquitetura moderna que estava no Brasil projetando o prédio sede do MEC, no Rio de Janeiro. Ao conhecer o jovem Niemeyer, o franco-suíço ficou impressionado: “Esse moço tem as montanhas do Rio nos olhos.”

Aquele contato marcaria para sempre a vida e o trabalho de Niemeyer. O seu primeiro trabalho data de 1937, “Obra do Berço”, no Rio de Janeiro. Em 1939, colaborou com Lúcio Costa na elaboração do projeto do pavilhão do Brasil para a exposição em Nova York (EUA), tendo ficado em segundo lugar no concurso. Em 1940, após ter elaborado o projeto do Hotel de Ouro Preto, foi convidado pelo então prefeito de Belo Horizonte (MG), Juscelino Kubitschek de Oliveira, para elaborar o complexo de Pampulha – o Cassino, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e a Igreja de São Francisco de Assis. Apesar de ter tido a aprovação de Lúcio Costa e de vários outros arquitetos, a Pampulha na época foi duramente criticada pela ausência da funcionalidade.

Niemeyer não se incomodou. Adepto que é (e sempre foi) da beleza e da liberdade das curvas e totalmente avesso às regras e imposições da funcionalidade da arquitetura, apenas se limitou a dizer: “À Pampulha, devemos o início de nossa arquitetura, voltada para a forma livre e criadora que até hoje a caracteriza.” Como se sabe, o conjunto arquitetônico mineiro – coberto de curvas sensuais e inesperadas, com a igreja, o cassino e a lagoa – ganhou fama mundial. E o episódio somente serviu para reafirmar as convicções do arquiteto: ”Falam tanto em função, funcionalismo e funcional. Eu olho, porém, para as pirâmides do Egito, um capricho nada natural no meio da imensidão do deserto, mas que bonito.”

Nos anos 1950, depois de ter criado monumentos como a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, novamente convida a dupla Lúcio Costa/Oscar Niemeyer para dividir com ele a aventura de criar a nova capital do Brasil, cidade que se tornaria uma de suas mais conhecidas e famosas obras. Com convicções comunistas, Niemeyer procurou, ao lado do amigo urbanista, traçar o perfil de uma cidade igualitária, onde patrões e empregados pudessem viver em um mesmo quarteirão. Também fez questão que cada prédio tivesse uma personalidade própria. Assim, foi fazendo brotar no meio do imenso vazio do Planalto Central o Palácio da Alvorada, a catedral e a pirâmide do Teatro Nacional.

Niemeyer sempre teve no Poder Público o seu principal cliente. Trabalhou para vários políticos de ideologias totalmente divergentes. Leonel Brizola, Orestes Quércia e Paulo Maluf, só para citar alguns. “Mas meu preferido continua sendo JK”, declara o carioca da gema, que foi um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB), da qual se desligou nos anos 60 devido à repressão do regime militar. Ainda no período da ditadura, convocado pelo temido Dops, foi morar no Exterior, espalhando suas obras por toda a Europa. Ao longo de sua centenária trajetória, “esculpiu” incasavelmente arrojados projetos arquitetônicos na Argélia e em vários outros países africanos, na Europa, nos Estados Unidos, em países da América do Sul e Central e em países asiáticos, além de ter participado de importantes (e históricas) iniciativas internacionais, como a reconstrução de Berlim, na Alemanha.

Seu retorno ao Brasil somente aconteceu no início da década de 198O, quando projetou o Sambódromo e o conjunto de escolas pré-fabricadas (os CIEPs) no Rio de Janeiro. De lá para cá, o arquiteto chamado de o maior discípulo da Terra por André Malraux (o colaborador com quem Le Cobursier disse ter aprendido muito) seguiu em novos projetos. Eles abrangeram desde uma nova quadra da escola de samba carioca Unidos da Vila Isabel até a conclusão do Parque Ibirapuera, projeto criado por ele há quase meio século.

Em plena forma, Niemeyer pretende trabalhar até o dia em que “desaparecer”, expressão que emprestava de Lacan para se referir à morte, uma ideia que sempre o revoltou (“Acabar a gente acaba, mas é horrível não saber como”, costuma afirmar). Quanto à vida, diz não ter queixas. Afirma ser um homem como outro qualquer. Uma pessoa que trabalha muito, que recebeu ajuda e teve sorte e oportunidades que soube aproveitar. “Passei a vida debruçado sobre a prancheta. Não me arrependo, guardei sempre um tempo para as coisas mais importantes: ler, cuidar da família, viver com os amigos, fazer o que gosto, protestar, lutar contra a miséria, buscar um mundo melhor, certo de que a vida é mais importante do que a arquitetura.”

A VIDA EM DATAS

Conheça, a seguir, um pouco sobre a vida do brilhante arquiteto brasileiro, que chegou até mesmo o ponto de colocar dinheiro do próprio bolso para realizar sonhos alheios e ajudar amigos em dificuldades financeiras.

1907 – Em 15 de dezembro, Oscar Niemayer, cujo verdadeiro nome é Oscar de Almeida Soares Filho, nasce no Rio de Janeiro, cidade onde viveu a maior parte de sua vida.

“NASCI EM LARANJEIRAS, NA RUA PASSOS MANUEL, QUE DEPOIS PASSOU A SE CHAMAR RIBEIRO DE ALMEIDA, NOME DO MEU AVÔ, ENTÃO MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. UMA RUA ÍNGREME, TÃO ÍNGREME QUE ATÉ HOJE ME ESPANTA VER COMO CORRÍAMOS DE CIMA PARA BAIXO, JOGANDO FUTEBOL.”

1922 Matricula-se no Colégio dos Barnabitas Santo Antônio Maria Zaccaria.

1925 – Aos 18 anos, começa a militar em favor do comunismo, doutrina política que defendeu até o fim. A queda do Muro de Berlim e o extinção da União Soviética estremeceram o comunismo, mas não abalaram as convicções políticas do arquiteto brasileiro, para quem a luta social fatalmente desbancaria o capitalismo.

1928 Conclui o curso secundário. Casa-se com Annita Baldo.

1929 Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

“DEPOIS DE CASADO, COMECEI A COMPREENDER A RESPONSIBILIDADE QUE ASSUMIA E FUI TRABALHAR NA TIPOGRAFIA DE MEU PAI, ENTRANDO DEPOIS PARA A ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES.”

1934 Forma-se em arquitetura, na Escola Nacional de Belas Artes do Rio.

1935 – Começa a trabalhar no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão.

“NÃO QUERIA, COMO A MAIORIA DOS MEUS COLEGAS, ME ADAPTAR A ESSA ARQUITETURA COMERCIAL, QUE VEMOS POR AÍ. E, APESAR DAS MINHAS DIFICULDADES FINANCEIRAS, PREFERI TRABALHAR, GRATUITAMENTE, NO ESCRITÓRIO DO LÚCIO COSTA E CARLOS LEÃO, ONDE EU ESPERAVA ENCONTRAR RESPOSTAS PARA AS MINHAS DÚVIDAS DE ESTUDANTE DE ARQUITETURA. ERA UM FAVOR QUE ELES ME FAZIAM.”

1936 – Com uma equipe de arquitetos brasileiros dirigida por Lúcio Costa, trabalha na criação da sede do Ministério de Educação e Saúde do Rio de Janeiro, tendo como consultor o famoso arquiteto franco-suíço Le Corbusier. Com ele, Niemeyer aprenderia que a “arquitetura é invenção”.

1937 – Projeta a “Obra do Berço”, no Rio de Janeiro.

1939 – Viaja com Lúcio Costa para projetar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York (EUA).

Recebe a Medalha Cidade de Nova York (EUA).

1940 – Conhece o então prefeito de Belo Horizonte (MG), Juscelino Kubitschek, que o convida a projetar o Conjunto Arquitetônico da Pampulha: o Cassino (transformado posteriormente em Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e a Igreja de São Francisco de Assis.

1942-1943 – O então prefeito de Belo Horizonte (MG), Juscelino Kubitschek, começa a construção da Pampulha. Esse projeto de Niemeyer coloca a arquitetura brasileira, com suas formas livres e arejadas, no rumo da modernidade.

1945 – Ingressa no Partido Comunista Brasileiro.

“SEMPRE ACRESCENTEI EM MINHAS PALESTRAS QUE NÃO DAVA À ARQUITETURA MAIOR IMPORTÂNCIA E NÃO HAVIA NADA DE DESPREZÍVEL NESSAS PALAVRAS. COMPARAVA-A OUTRAS COISAS LIGADAS À VIDA E AO HOMEM, REFERIA-ME À LUTA POLÍTICA, À COLABORAÇÃO QUE TODOS NÓS DEVEMOS DAR À SOCIEDADE, AOS NOSSOS IRMÃOS MAIS DESFAVORECIDOS. O QUE SE COMPARA À LUTA POR UM MUNDO MELHOR, SEM CLASSES, TODOS IGUAIS?”

1946 – Convidado a dar um curso na Universidade de Yale, nos EUA, tem seu visto de entrada cancelado.

Projeta o edifício sede do Banco Boavista (RJ) e o Colégio Cataguases (MG).

1947 – Obtida a permissão de estadia nos Estados Unidos, viaja a Nova York para desenvolver o projeto da sede da ONU. Na cidade norte-americana, Niemeyer tem seu projeto para a sede das Nações Unidas aclamado até mesmo pelo seu antigo mestre Le Corbusier, que na época também apresentava um plano próprio para a execução da obra.

1949 – Recebe o título de membro da Academia Americana de Artes e Ciências.

1950 – É publicado nos EUA o livro The Work of Oscar Niemeyer, de Stamo Papadaki.

Projeta a Fábrica Duchen, São Paulo.

1951 – Projeta os conjuntos Ibirapuera e Copan, em São Paulo.

1952 – Projeta sua residência na Estrada de Canoas (RJ).

1954 – Viaja pela primeira vez à Europa, quando participa do projeto para reconstrução de Berlim, na Alemanha.

Projeta o Museu de Arte Moderna de Caracas, Venezuela.

1955 – Funda a revista Módulo, no Rio de Janeiro.

Recebe o título de membro correspondente do Colégio de Engenheiros da Venezuela. Projeta o Edifício Residencial para o Bairro Hansa, em Berlim.

1956 Eleito presidente da República, JK decide transferir a capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. Convoca então Niemeyer para desenhar os edifícios e Lúcio Costa para criar o plano urbanístico da nova cidade. Brasília começa então a ser erguida no Planalto Central do País.

Projeta o Catetinho, residência provisória do presidente da República, em Brasília.

1957 – Em Brasília, projeta o Palácio da Alvorada.

1958 – Recebe o título de membro Honorário da Sociedade de Planificação, Arquitetura e Artes Visuais, México.

No Distrito Federal, projeta o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Supremo TribunaFederal, o Museu da Fundação de Brasília a Catedral de Brasília, o Teatro Nacional e o Conjunto dos Ministérios, entre outros.

1959 – Recebe o título de Acadêmico Correspondente da Academia Nacional de Belas Artes de Buenos Aires, Argentina.

1960 – Brasília é inaugurada oficialmente no dia 21 de abril. Exibindo a plasticidade do concreto armado e com um projeto totalmente avesso ao funcionalismo mais radical, a nova capital federal brasileira esbanja uma arquitetura quase escultórica aos olhos do mundo.

“BRASÍLIA… MEU DESEJO ERA UMA ARQUITETURA LEVE, VAZADA, COM COLUNAS FINAS E OS PALÁCIOS PARECENDO APENAS TOCAR O CHÃO. E TÃO DIFERENTE QUE OS VISITANTES NÃO PUDESSEM DIZER TEREM VISTO ANTES COISA IGUAL.”

1961 – Publica Minha Experiência em Brasília

É nomeado coordenador da então recém-criada Escola de Arquitetura da Universidade de Brasília – UnB.

Viaja ao Líbano para projetar a Feira Internacional e Permanente de Trípoli e o Conjunto Esportivo no Líbano.

Projeta o Palácio do Itamaraty e o Palácio da Justiça, Brasília (DF).

1963 É nomeado membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos dos Estados Unidos.

Recebe o Prêmio Lenin Internacional do Comitê de Prêmio Lenin, na então União Soviética.

1964/1965 Viajando a trabalho para Israel, é surpreendido pela notícia do golpe militar no Brasil.

Retorna ao País em novembro, quando é chamado pelo Dops para depor. Realiza a exposição “Oscar Niemeyer – 90 Dias” em Israel, no Rio de Janeiro e em Brasília.

O golpe militar faz com que o arquiteto brasileiro sinta-se obrigado a partir para o exílio. Viaja então para Paris (França) e para Lisboa (Portugal). Muitas de suas obras foram realizadas durante o tempo em que Niemeyer viveu fora do Brasil e que correspondeu ao período da ditadura militar.

“E EU SEGUINDO PARA O EXTERIOR NÃO PRETENDIA MOSTRAR APENAS MINHA ARQUITETURA, MAS O PROGRESSO DA NOSSA ENGENHARIA, O PROGRESSO DESTA AMÉRICA LATINA TÃO EXPLORADA. POUCO TINHA A APRENDER. E ESPECULEI NAS ESTRUTURAS, VENCENDO OS ESPAÇOS, REDUZINDO MONTANTES, IMPONDO, SEM PRETENSÕES, A NOSSA ARQUITETURA.”

Filiado no Partido Comunista Brasileiro desde 1945 e militante convicto, Oscar Niemeyer conheceu bem os efeitos das duas ditaduras. O homem a quem os Estados Unidos negaram o visto durante cerca de 30 anos, defendeu até recentemente “um mundo onde não exista exploração e no qual o comunismo impere.”

É nomeado membro honorário da Academia Americana de Artes e Letras e do Instituto Nacional de Artes e Letras de Nova York (EUA).

Elabora diversos projetos para Israel, entre os quais o Plano da Cidade de Neguev.

1965 – Tendo fundado a Universidade de Brasília, retira-se dela com mais 200 professores, em protesto contra a política universitária e à perseguição e à repressão política vivida durante este regime.

Viaja a Paris para a exposição de sua obra “Oscar Niemeyer – L’Architecte de Brasília”, no Pavilhão Marsan de Artes Decorativas, Palácio do Louvre.

Recebe a Medalha Prêmio Juliot-Curie e o Grande Prêmio Internacional de Arquitetura e de Arte, da revista L’Architecture d’Aujourd’hui, ambos em Paris.

Começa a realizar projetos para diversos países na África e Europa, entre os quais a sede do Partido Comunista Francês, em Paris.

Projeta o Aeroporto de Brasília.

1966 Publica o livro Quase Memórias: Viagens.

1967 O ministro da Aeronáutica rejeita o projeto de Niemeyer para o aeroporto de Brasília.

Impedido de trabalhar no Brasil, Niemeyer decide se instalar em Paris.

“MAS, DURANTE A DITADURA, TUDO FOI DIFERENTE. MEU ESCRITÓRIO FOI SAQUEADO E O DA REVISTA MÓDULO, QUE DIRIGIA, SEMIDESTRUÍDO. MEUS PROJETOS POUCO A POUCO COMEÇARAM A SER RECUSADOS. ‘LUGAR DE ARQUITETO COMUNISTA É EM MOSCOU’, CONFIDENCIOU CERTO DIA À IMPRENSA  O ENTÃO MINISTRO DA AERONÁUTICA.”

1968 Depois de projetar obras na França, Portugal e no Líbano, entre outros vários países, projeta a sede da Editora Mondadori, em Milão (Itália), e desenvolve diversos projetos para a Argélia. Entre eles, o da Mesquita de Argel e o Centro Cívico de Argel. No Brasil, projeta o Hotel Nacional e o Centro Musical,no Rio de Janeiro, e o Ministério do Exército, em Brasília.

Recebe o Prêmio Benito Juarez do Centenário da Revolução Mexicana. É nomeado membro honorário da Sociedade Bolivariana de Arquitetos de Caracas, Venezuela.

1969 Na Argélia, projeta a Universidade de Constantine.

1970 A construção da Catedral de Brasília, que havia sido iniciada em 1959, é finalmente concluída.

“NÃO TENHO NENHUMA CRENÇA RELIGIOSA. PARA MIM, ISSO É UMA ILUSÃO, MAS NÃO SOU CONTRA O POVO PERTENCER A UMA RELIGIÃO. APENAS REPITO UMA FRASE DE MOZART: “SE HOUVER VIDA DEPOIS DA MORTE, SERÁ UMA GRATÍSSIMA SURPRESA.”

Niemeyer prossegue com sua perenigração arquitetônica pelo mundo. Em protesto contra a guerra do Vietnã, desliga-se da Academia Americana de Artes e Ciências.

“NUNCA ME CALEI. NUNCA ESCONDI MINHA POSIÇÃO DE COMUNISTA. OS MAIS COMPREENSÍVEIS QUE ME CONVOCAM COMO ARQUITETO SABEM DA MINHA POSIÇÃO IDEOLÓGICA. PENSAM QUE SOU UM EQUIVOCADO E EU PENSO A MESMA COISA DELES. NÃO PERMITO QUE IDEOLOGIA ALGUMA INTERFIRA EM MINHAS AMIZADES.”

1971 É lançado na França o modelo base de poltrona projetada por Niemeyer, que deu origem à Linha ON. Sua primeira incursão no campo de mobiliário industrializado e comercializado foi considerada pela revista Vogue um dos dez móveis do ano, por seu apuro e conforto.

1972 – Recebe medalha de homenagem do Instituto de Arquitetos Norte-Americanos.

1972/73 Em Paris, abre seu escritório nos Champs Elysées. Projeta a Bolsa do Trabalho de Bobigny e o Centro Cultural de Le Havre.

Acompanha a exposição sobre sua obra na Europa.

Recebe a medalha Sarp da Associação dos Arquitetos Poloneses.

1975 Projeta a sede da Fata Engeneering, na Itália.

A revista Módulo volta a ser publicada.

Recebe o título de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em Portugal.

1978 Funda o Centro Brasil Democrático (Cebrade), do qual é eleito presidente. Começa a ser produzida no Brasil a Linha ON de mobiliário projetado por Niemeyer.

1979 Recebe o título de Oficial da Ordem da Legião de Honra da França.

Na Galerie d’Actualité du Centre de Création Industrielle, do Centre Georges Pompidou, em Paris, é realizada a exposição Oscar Niemeyer, “Architècte”.

Lançamento da versão francesa do livro A forma na arquitetura.

No Palazzo Grassi, em Veneza, Itália, é realizada a exposição “Progetti di Oscar Niemeyer”, que segue depois para a Basílica de Saint Croce, em Florença.

1980 Recebe o Prêmio Lorenzo O Magnífico da Academia Internacional de Medicina, Florença, Itália, e a medalha do Conselho Artístico da Unesco.

Nomeado membro do conselho de Planejamento de Cidades, da Universidade Federico Villarreal, Peru.

Elabora o projeto definitivo para o Memorial JK, em Brasília.

1981 Elabora o projeto para a Ilha de Lazer em Abu Dhabi, Emirados Árabes.

1982 Recebe a medalha do Porto Oceânico de Le Havre, França.

Nomeado membro honorário da Academia de Artes da União Soviética.

Recebe o título de comendador da Ordem das Artes e das Letras, França.

Projeta o Museu do Índio, em Brasília.

1983 Retrospectiva de sua obra, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Recebe a medalha comemorativa dos 30 Anos do Instituto Brasil-União Soviética.

Membro titular da Academia Europeia das Ciências, Artes e Letras. Realiza-se a exposição ”From Aleijadinho to Niemeyer”, no Salão de Exposições da Organização das Nações Unidas, em Nova York, a qual segue depois para o Departamento de Arquitetura do Instituto Tecnológico do Estado de Illinois, Chicago.

Projeta o Sambódromo, no Rio de Janeiro.

1984 Projeta os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), no Rio de Janeiro.

1985 Volta a desenvolver projetos para Brasília.

Recebe diversas homenagens e condecorações. No Brasil: Grande Oficial da Ordem do Rio Branco e Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional, Grã-Cruz da Ordem do Mérito de Brasília. Na Itália, Virtuoso da Pontifícia Insigne Academia Artística (Dei Virtuosi al Pantheon) e o Prêmio Roma-Brasília-Cidade da Paz da Prefeitura de Roma.

1986 Nomeado membro da União Internacional dos Arquitetos, Bulgária. Recebe a Medalha Porto-Portugal.

1987 – Projeta o Memorial da América Latina em São Paulo, e o edifício sede do Jornal L’Humanité, na França.

Recebe a Ordem da Amizade dos Povos do Presidium do Soviete Supremo, e diversos prêmios e homenagens, entre as quais a medalha Rodrigo Melo Franco de Andrade, da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Na Itália, o Prêmio Internacional Agip – Enrico Mattei pela Ciência e Tecnologia, e a Medalha do Conselho Regional da Lombardia.

Realiza-se a exposição Oscar Niemeyer “Architetto”, no Palazzo a Vela, em Turim (Itália), a qual segue depois para Bolonha e Pádua.

Na ocasião, é lançado o livro de Lionello Puppi sobre Oscar Niemeyer.

1988 Recebe o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em Chicago (EUA), equivalente a um Oscar.

“O TEMPO PASSOU. DESSES LONGOS ANOS DE TRABALHO, SÓ ME TRANQUILIZA SABER QUE GUARDEI FOLGA PARA DEFENDER OS MAIS POBRES, MINHAS CONVICÇÕES POLÍTICAS, E ESTOU SATISFEITO COMIGO MESMO. A ARQUITETURA NÃO É TÃO IMPORTANTE PARA MIM. O PRINCIPAL É A VIDA, ESTE MUNDO QUE UM DIA VAMOS MODIFICAR.”

Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Academia de Construção da República Democrática Alemã e Centro de Pesquisa e Ensino de Arquitetura da Alemanha e também da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O mobiliário projetado por Niemeyer é exposto no Salone del Mobile Triveneto, em Pádua, Itália.

Elabora o projeto para a nova sede da Editora Mondadori, na Itália, e o Espaço Oscar Niemeyer, em Brasília.

1989 Recebe o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes da Fundação Principado de Astúrias, Espanha.

Nomeado membro honorário do Real Instituto dos Arquitetos Britânicos. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires (Argentina), da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e da Universidade de Brasília.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Lucas do Rio de Janeiro dedica seu enredo a Oscar Niemeyer.

1990 – Ao lado de Luiz Carlos Prestes, desliga-se do Partido Comunista Brasileiro. Recebe a Medalha do Colégio de Arquitetos de Catalunha, Barcelona (Espanha), em cerimônia realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

QUANDO A VIDA SE DEGRADA E A ESPERANÇA SAI DO CORAÇÃO DOS HOMENS, SÓ RESTA A REVOLUÇÃO.”

Recebe o título de Cavaleiro Comendador da Ordem de São Gregório Magno, Vaticano, Itália.

É realizada a exposição “Oscar Niemeyer” na Sala Plaça Catalunya, na Fundación Caixa de Barcelona (Espanha), a qual segue depois para Londres (Inglaterra) e Turim (Itália).

Na ocasião, é lançado o livro Oscar Niemeyer, de Josep M. Botey.

Brasília chega ao seu 30º aniversário. No Rio, Niemeyer desenha o espaço Lúcio Costa, inserido na praça dos Três Poderes.

1991 – Projeta o MAC de Niterói (RJ) e o Parlamento da América Latina (SP). Elabora um estudo para a Urbanização da praça XV de Novembro (RJ).

1992 – Recebe o Grau de Oficial da Ordem Bernardo O’Higgins, Chile.

Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Braz Cubas, São Paulo (SP).

Elabora o projeto para a Catedral Militar do Brasil, em Brasília.

1993 – Publica Conversa de Arquiteto.

Recebe o Grande Prêmio ao Trabalho do Arquiteto Latino Americano do Colégio de Arquitetos de La Paz, Bolívia.

1994 – Projeta o Museu O Homem e seu Universo, em Brasília, e a Torre da Embratel, no Rio.

Recebe a Grã Cruz da Ordem Militar de Sant’iago da Espada, Portugal.

A Fundação Oscar Niemeyer realiza a exposição “Como Nasce a Arquitetura”, primeira exposição de croquis originais de Oscar Niemeyer.

1995 – Recebe a Insígnia da Ordem do Mérito Cultural, Brasil.

Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades de São Paulo e de Minas Gerais.

1996 – Projeta o Monumento Eldorado Memória, doado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.

Recebe o Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza por ocasião da VI Mostra Internacional de Arquitetura. No Pavilhão do Brasil é realizada uma exposição sobre sua obra.

Recebe o título de Doutor Honoris Causa das Faculdades Integradas Bennett, Rio de Janeiro.

“JAMAIS FUI HOSTIL A MONUMENTOS DE PROTESTO, INCLUSIVE DOS PAÍSES SOCIALISTAS. É NECESSÁRIO PROTESTAR CONTRA A MISÉRIA, AS INJUSTIÇAS, AS DESIGUALDADES. TODA PALAVRA DITA COM CORAGEM NO MOVIMENTO SÓ PODE MERECER A MINHA ESTIMA.”

1997 Recebe o diploma de Honra ao Mérito outorgado pela Associação de Arquitetos do Reino Unido.

É homenageado pelo IAB do Paraná com um evento que leva seu nome: XV Congresso Brasileiro de Arquitetos Oscar Niemeyer.

Condecorado com a Ordem José Marti, outorgado pelo governo da República de Cuba.

Em homenagem ao seu aniversário, realizam-se as mostras “Os Museus de Oscar Niemeyer”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e “Niemeyer – 90 anos”, no Memorial da América Latina, também em São Paulo, e “Oscar Niemeyer, a Arquitetura e a Vida”, no Museu de Arte Contemporânea, em Niterói (RJ).

Inicia os estudos para o Caminho Niemeyer e uma nova catedral para a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro; o Museu de Arte Moderna de Brasília; a sede da empresa Tecnet – Tecnologia e o Paço Municipal de Americana, em São Paulo, e o Centro de Convenções do Riocentro (RJ).

1998 – Recebe a Royal Gold Medal do Royal Institute of British Architects – Riba.

2000 – A capital federal brasileira faz 40 anos e Niemeyer entrega ao governo do Distrito Federal projetos para a construção de um centro cultural, que inclui museu, biblioteca, cinemas e um espaço para a música.

“E FIZ ESCULTURAS, TODAS DE PROTESTO.”

2002 – Em parceria com o projetista José Carlos Süssekend, amigo de 30 anos e engenheiro que o ajudou a construir a maior parte de suas obras, lança o livro Conversa de Amigos, uma coletânea de mais de 60 cartas trocadas entre eles semanalmente durante quatro meses, na qual debatem arquitetura, artes, filosofia e engenharia e, sobretudo, política e a necessidade de se diminuir as desigualdades sociais.

A então prefeita paulistana Marta Suplicy e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em parceria com a iniciativa privada, anunciam a retomada do projeto de Parque Ibirapuera, desenvolvido por Niemeyer há mais de cinco décadas. Inacabada na época, a obra era considerada pelo arquiteto como uma de suas maiores frustrações.

Em 22 de novembro, o prefeito Jaime Lerner inaugura o NovoMuseu, o maior complexo museológico da América Latina, na cidade brasileira de Curitiba, no Paraná. Com 144 mil metros quadrados, incluindo um bosque e a “Aldeia da Cultura”, e mais de 30 mil metros quadrados de área construída, o novo espaço cultural tem projeto assinado por Niemeyer, que, a convite do governo do Paraná, aceitou modificar o projeto original do Edifício Castelo Branco, de sua autoria.

2003 – É tema do enredo da escola de samba carioca Unidos da Vila Isabel. A princípio, não vai desfilar, mas já está desenhando a nova quadra da escola. Para não perder o costume, de graça.

0 thoughts on “Oscar Niemeyer – Poeta do concreto

  1. Viva os Comunistas como este homem, se realmente um comunista, é ateu mas com esta brilhantes ideias, eles cairão nos braços de deus muito antes que muitos católicos e evangelhicos…

    1. Antôno, infelizmente este homem fantástico foi morar no céu, nos deixando órfaos de sua personalidade e talento.
      Dei uma atualizada no texto e republiquei o post no dia 6 de dezembro, um dia após ele ter nos deixado, numa espécie de homenagem a esta pessoa incrível que ele foi.

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